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Por: Yasmin Berwanger

Metamorfose 

Quando somos crianças, pensamos nos presentes de Natal e em quando vamos tomar sorvete novamente depois da escola. Entre os 11 e 13 anos, começamos a nos preocupar mais com nossa aparência e nos perguntamos se precisaremos usar caneta quando entrarmos no sexto ano do fundamental. 
 
Quando somos pequenos, ficamos tristes por não poder entrar na piscina em um dia frio ou por não ganhar a boneca dos sonhos. Aos 11, começamos a querer escolher nossas próprias roupas e não deixamos que mexam no nosso cabelo. Aos 12, observamos as adolescentes ao nosso redor e achamos que seria legal usar maquiagem e mudar o visual. Aos 13, já estamos nos aventurando com maquiagem, cabelo, novas amizades, e percebemos que os desafios da vida vão além da falta de novos brinquedos.
 
Aos 14, notamos mudanças reais na nossa maturidade, percebendo como as pessoas podem nos fazer felizes ou nos magoar profundamente. Nesse período, temos que lidar com situações que antes eram resolvidas pelos nossos pais. Surge a vontade de explorar o mundo e, com ela, a frustração por não poder fazer isso completamente. Fazemos amigos, alguns inimigos, e começamos a nos preocupar mais com o que os outros pensam de nós. Idealizamos pessoas e, muitas vezes, nos decepcionamos. Chegamos à fase em que muitos pais nos chamam de “aborrecentes”, e começamos a aprender um pouco mais sobre a vida.

Por que os adultos veem os 14 anos como uma fase de “aborrecimento”? Talvez porque estamos entrando em uma etapa em que não apenas o corpo muda, mas também o emocional. É o momento em que ouvimos perguntas como: “O que você quer ser quando crescer?” -e, muitas vezes, não sabemos a resposta-. É uma fase de dúvidas, onde pessoas entram e saem das nossas vidas.
 
A adolescência, especialmente aos 14 anos, é uma das fases mais complexas, tanto para quem vive quanto para quem observa. Descobrimos o que somos capazes de fazer, o que ainda precisamos aprender, o que podemos aceitar e o que não devemos tolerar. Principalmente, começamos a nos perguntar se estamos prontos para encarar as responsabilidades da vida adulta.
 
Apesar de todo o medo que essa fase traz, ele não me impediu de aceitar um pequeno desafio do mundo adulto: começar a trabalhar. Aos 14 anos, comecei a trabalhar, mudei meu estilo de vida e passei a acordar cedo. Minha rotina virou de cabeça para baixo, mas isso não foi algo ruim. Os primeiros meses no escritório foram repletos de aprendizados, não só sobre a área em que atuaria, mas também sobre como trabalhar em equipe.
 
Eu sempre tive muito a dizer, mas sentia que ninguém me ouvia. Isso mudou quando comecei a trabalhar. Além de colegas, ganhei amigos. Não consigo descrever em palavras o carinho que sinto por eles, e o que senti quando fizeram uma festa surpresa para mim. De alguma forma, a fase dos 14 anos, repleta de dúvidas e inseguranças, tornou-se uma das mais bonitas da minha vida, graças a essa primeira experiência no mundo adulto. Sei que nada disso seria possível sem o apoio dos meus colegas e da minha família.
 
Gostaria que todos os adultos compreendessem o que sentimos nessa fase e como criar vínculos com as pessoas pode preparar melhor os adolescentes para a vida. Trabalhar aos 14 anos nunca será uma pedra no caminho, não vai atrapalhar nossos estudos ou o tempo livre. Pelo contrário, pode ser uma realização. Quando estamos no lugar certo, essa experiência abre nossos corações “rebeldes” e torna o futuro um pouco menos incerto.
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