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A renda dos aposentados e a inflação
Velha conhecida dos brasileiros, a inflação era – e ainda é – uma assombração na vida dos trabalhadores. O aumento generalizado dos preços assusta o cidadão que abastece o carro no posto de gasolina, e não consegue encher o tanque; quem nunca se pegou pensando em como R$ 100,00 para ir ao supermercado já não é o suficiente para comprar as mesmas coisas que se comprava há uma década? Esses e outros aspectos influenciam a vida de todos, mas para os aposentados há uma série de fatores que podem afetar ainda mais a vida dos beneficiários.
Em um cenário de inflação alta, espera-se que o salário dos trabalhadores, aposentados e demais beneficiários da Previdência Social acompanhem a variação percentual, afinal, seria inviável manter uma defasagem tão grande por muito tempo. É bem verdade que o valor dos benefícios é reajustado conforme a Lei 8.213/1991, em seu art. 41-A:
Art. 41-A. O valor dos benefícios em manutenção será reajustado, anualmente, na mesma data do reajuste do salário-mínimo, pro rata, de acordo com suas respectivas datas de início ou do último reajustamento, com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC, apurado pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.
Mas como nem tudo na vida são flores, há alguns detalhes que podem passar despercebidos. A começar pelo INPC: esse índice de inflação leva em conta o custo de vida de famílias que recebem até 5 salários-mínimos. Ele é calculado fazendo uma ponderação a partir de uma cesta de produtos que fazem parte do consumo dessas famílias, ou seja, definindo o peso de cada gasto nas residências. Alimentação e bebidas possuem um peso de 29,92%; Habitação, 18,02%; Transportes, 16,08%; Saúde e cuidados pessoais, 10,22%; Despesas pessoais, 7,52%; Vestuário, 7,20%; Artigos de residência, 4,71%; Educação, 3,18%; e Comunicação, 3,15%.
Onde mora o problema? Os aposentados têm mais gastos com remédios, exames, consultas e geralmente pagam mais caro em planos de saúde. Dessa forma, a inflação pessoal – aquela medida pelos gastos que você mesmo possui – de um idoso é, na maioria dos casos, diferente da inflação do INPC, bastando que a inflação desse setor seja maior que a representada pelo índice para que o aposentado seja prejudicado. Além disso, muitos remédios acompanham a variação do dólar, que segue em patamares elevados. Mesmo aqueles remédios produzidos no Brasil dependem de insumos importados, que chegam a representar cerca de 90% da matéria-prima de um medicamento.
É bem verdade que a Anvisa regula o reajuste anual de medicamentos seguindo uma tabela de preços, mas considerando pressões inflacionárias como as que vimos em 2021 e início de 2022, é bem provável que veremos um aumento do preço dos remédios e até mesmo uma diminuição nos descontos dados por remédios nas farmácias brasileiras.
Além disso, para os aposentados que possuem grande parte dos gastos relacionados aos transportes, também não haverá grandes mudanças: o reajuste de 10% para o ano de 2022 não cobrirá a alta de mais de 50% dos combustíveis no ano que passou. Esse problema se expande a todos que dependem diretamente dos transportes, mas quando se trata de beneficiários da Previdência Social, a situação é mais delicada, uma vez que se encontram em um estado que requer mais atenção e cuidado.
Na tentativa de conter toda essa pressão de preços, o Comitê de Política Monetária (Copom) vem elevando a taxa de juros – o Real já apresenta variação positiva nesses primeiros meses de 2022 –, mesmo assim a defasagem de 2021 não será mais reposta.
Infelizmente, cenários turbulentos dificultam a vida de quem contribuiu durante anos para conquistar a tão sonhada aposentadoria. Como brasileiros, esperamos que o país se recupere e que a inflação seja considerada coisa do passado, pois ninguém sai ganhando quando o dinheiro de hoje vale muito menos do que o de ontem.

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